O ano de 2020 não começou nada bem para o Corinthians. Além de ter sido eliminado da Libertadores, o time está com uma situação complicada na fase de mata-mata do Campeonato Paulista.
Em entrevista à jornalista Marília Ruiz, para o “blog do UOL”, Andrés Sanchez respondeu sobre a má fase enfrentada e também sobre as dívidas do Timão. O dirigente ainda deu uma alfinetada no Cruzeiro, envolvido recentemente em polêmicas.
“Não são comparáveis. Aconteceram coisas absurdas no Cruzeiro, coisas que estão sendo investigadas. Aqui o problema é que gastou mais e arrecadou menos. Faltou dinheiro. Os títulos não dão um tempo de paz, ao contrário, aumentaram a pressão por jogador. E time brasileiro que não vende jogador fica no vermelho. No ano passado não vendemos ninguém”, desabafou o presidente.
A sete meses do fim do seu mandato, Sanchez vê como os maiores problemas do Corinthians o gasto excessivo com jogador e não conseguir vender na mesma proporção. Para ele, o déficit de 2019 foi causado por contratar e não vender, embora não acha que o time faça negociações ruins.
“Não acho que venda mal. Em média, o clube vende R$ 120/130 milhões por ano. Mas no ano passado contratamos demais e não vendemos. Outros clubes têm condição de ter garotos de 14/15 anos porque têm CT de categoria de base. Nós estamos terminando o nosso. Daí vamos poder revelar e fazer mais dinheiro com jogadores mais novos”.
O dirigente deixou claro que este ano o Timão terá um superávit por causa da venda de Pedrinho ao Benfica por 20 milhões de euros, e que quitará os salários que estão em atraso assim que o dinheiro estiver disponível.
Tiago Nunes assumiu o Corinthians no início de 2020 - Foto: Meu Timão
Sanchez também avaliou o trabalho realizado por Tiago Nunes até a paralisação como “trabalho bom, e resultado péssimo”. Questionado sobre o porquê de ter contratado um técnico sem experiência, o presidente disse que estava na hora de mudar e que não dá para ganhar sempre do mesmo jeito.
“O Tiago Nunes está tendo a chance que o Tite, o Carille, o Parreira um dia tiveram de estar à frente de um grande. No final do ano passado eu achei que tinha que mudar, que estava na hora e que não dá para se ganhar sempre do mesmo jeito. Podemos voltar diferentes. Não seremos nem o pior time nem o melhor time. Vamos disputar em pé de igualdade com os rivais”.