Com a pandemia do coronavírus, o mundo se viu sem um dos maiores espetáculos da terra: O futebol. Aos poucos, na Europa, os treinamentos e rotina de trabalho vão se reestabelecendo. No Brasil, um dos epicentros da gripe na atualidade, não há sequer prazo para os clubes retomarem suas atividades. Para o lateral Marcos Rocha, em entrevista aos canais “ESPN”, isto é motivo de insônia e constrangimento pessoal.
“Está gerando uma ansiedade muito grande. Em algumas noites, já venho perdendo o sono e um pouco do equilíbrio emocional. São mais de 50 dias dentro de casa, sem saber quando vão começar os treinamentos no CT. É bem constrangedor ficar esse tempo todo sem poder jogar futebol nem estar perto dos nossos amigos do meio do futebol. Temos mais convívio com os jogadores que com a própria família”, comentou o atleta.
“São 16 anos trabalhando em time profissional, com rotina de treinamento e convívio. Infelizmente, pela COVID-19, tivemos que abrir mão disso. Está incomodando bastante. Gosto do dia a dia do futebol. Já tivemos que remarcar duas ou três vezes nossa reapresentação, porque o governo de São Paulo está aumentando a quarentena para superar essa situação o mais rápido possível”, completou Marcos Rocha.
O lateral do Palmeiras deixou um espaço para ver lados positivos também, como o maior contato com a família. Disse o jogador que até um passeio de bicicleta ele pode fazer com os pais. Ainda destacou o cuidado do seu clube com o corpo de funcionários e de prevenção da doença.
“O Palmeiras vem fazendo um acompanhamento junto com a comissão técnica para tentar nos ajudar a manter a forma física, sabendo que é difícil treinar sozinho, sem o acompanhamento de um profissional capacitado. O Palmeiras está tentando fazer o melhor para termos tranquilidade, permanecendo em casa e mantendo um pouco das atividades”, elogiou.
O Palmeiras está sem jogar desde o dia 14 de março, quando empatou sem gols diante da Inter de Limeira, pelo Campeonato Paulista.